POR DO SOL DE UMA SAUDADE
EU TENHO O PÔR-DO-SOL DE UMA SAUDADE,
QUE DE TANTO RASGAR O HORIZONTE,
DESCANSOU EM MEU PEITO UMA VONTADE,
ONDE A ALMA PANTANEIRA FEZ A PONTE,
QUE DE TANTO RASGAR O HORIZONTE,
DESCANSOU EM MEU PEITO UMA VONTADE,
ONDE A ALMA PANTANEIRA FEZ A PONTE,
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EU SOU AS TUCANDIRAS DAS ESTRADAS,
E DELAS O CAMINHO À SUA BEIRA,
A REVOLVER EM MARCHAS ARRAIGADAS,
AS TERRAS DE FAZENDAS SEM FRONTEIRA,
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EU SOU AS TUCANDIRAS DAS ESTRADAS,
E DELAS O CAMINHO À SUA BEIRA,
A REVOLVER EM MARCHAS ARRAIGADAS,
AS TERRAS DE FAZENDAS SEM FRONTEIRA,
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SER NOS MARES DAS GARÇAS ESGARÇADAS,
O VÔO SOBRE O OLHAR DOS JACARÉS,
DOS ARES, COMITIVAS DELICADAS,
A REVOAR POR SOBRE IGARAPÉS,
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O VÔO SOBRE O OLHAR DOS JACARÉS,
DOS ARES, COMITIVAS DELICADAS,
A REVOAR POR SOBRE IGARAPÉS,
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SOU MATAS QUE NUM TEMPO SE ARREBANHA,
AS ÁGUAS QUE AS INUNDAM SUAS MARGENS,
NATUREZA E FARTURA NOS ASSANHA,
O RENASCER ETERNO DAS PASTAGENS,
AS ÁGUAS QUE AS INUNDAM SUAS MARGENS,
NATUREZA E FARTURA NOS ASSANHA,
O RENASCER ETERNO DAS PASTAGENS,
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QUERO-QUERO, SOCÓ E O BEM-TE-VI,
TRINCA-FERRO, PETRIM E PAJEÚ,
TICO-TICO, O ANU E O SIRIRI,
E VOAR COM O VELHO TUIUIÚ,
QUERO-QUERO, SOCÓ E O BEM-TE-VI,
TRINCA-FERRO, PETRIM E PAJEÚ,
TICO-TICO, O ANU E O SIRIRI,
E VOAR COM O VELHO TUIUIÚ,
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ÀS MARGENS DO FECUNDO PANTANAL,
NAS PARAGENS DO CÉU, JIBÓIA AO SOL,
ESCUTANDO AS RAÍZES EM SARAU,
ENTOANDO POEMAS NO ARREBOL,
ÀS MARGENS DO FECUNDO PANTANAL,
NAS PARAGENS DO CÉU, JIBÓIA AO SOL,
ESCUTANDO AS RAÍZES EM SARAU,
ENTOANDO POEMAS NO ARREBOL,
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ALIMENTAR DA AZUL SABEDORIA,
E QUAL O PACIENTE PESCADOR,
VIR RECEBER DAS ÁGUAS HONRARIA,
QUE VERTE A TUA FOME PECADOR,
ALIMENTAR DA AZUL SABEDORIA,
E QUAL O PACIENTE PESCADOR,
VIR RECEBER DAS ÁGUAS HONRARIA,
QUE VERTE A TUA FOME PECADOR,
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ENTÃO QUANDO ENCONTRAR-ME COM AS LUAS,
EU DORMIREI AO FOGO DAS ESTRELAS,
SONHAREI COM ANTIGAS LENDAS NUAS,
QUE PRETENDEU CONTÁ-LAS AO FAZÊ-LAS,
ENTÃO QUANDO ENCONTRAR-ME COM AS LUAS,
EU DORMIREI AO FOGO DAS ESTRELAS,
SONHAREI COM ANTIGAS LENDAS NUAS,
QUE PRETENDEU CONTÁ-LAS AO FAZÊ-LAS,
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E ME LEVANTAREI COM A ALVORADA,
PARA NADAR AO LADO DE UM JAÚ,
E DESCANSAR EM VÔO À PASSARADA,
PARA TORNAR-ME À TARDE NUM PACÚ.
E ME LEVANTAREI COM A ALVORADA,
PARA NADAR AO LADO DE UM JAÚ,
E DESCANSAR EM VÔO À PASSARADA,
PARA TORNAR-ME À TARDE NUM PACÚ.
SADY FOLCH
PARABÉNS MATO GROSSO!
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