História
Os primeiros povos indígenas a ocuparem a região de Rondonópolis remontam há 5 mil anos atrás, aproximadamente.
Posteriormente, e sem ligação com os primeiros povos indígenas, chegou o povo Bororo. Certamente o povo Bororo proveio de plagas bolivianas. Já no tempo da história escrita, os primeiros acontecimentos disseram respeito precisamente aos bororos.
Os bororos foram perseguidos pelos paulistas, em guerras injustas, na região de Cuiabá. À parte do povo bororo da região de Rondonópolis tomou atitude de defesa guerreira.
Desde o final do século XIX a ocupação local é marcada por um contingente de índios Bororos, elo afetivo do destacamento militar em Ponte de Pedra (1875-1890), seguida pelas comitivas de aventureiros que se arriscavam pela região em busca de ouro e de pedras preciosas. Por último, chegou às expedições da Comissão Construtora das Linhas Telegráficas (1907-1909) sob o comando do então primeiro tenente Cândido Rondon, que determinavam o traçado da linha telegráfica para interligar o Estado de Mato Grosso e Amazonas ao resto do país – fruto dessa investida em 1922 é inaugurado o posto telegráfico as margens do rio Poguba (Rio Vermelho).
A formação do “Povoado do Rio Vermelho” inicia-se a partir de 1902 com a fixação de famílias procedentes de Goiás, Cuiabá e outras regiões do Estado.
A cidade originalmente era conhecida como “Ponte de Pedra”, por causa do rio de mesmo nome que banha a região. Com a passagem da Comissão Rondon pela região, a fim de fazer levantamentos para a construção de linhas telegráficas, veio o tenente Otávio Pitaluga, que mediu e instituiu as diretrizes para uma futura cidade. Com esse projeto, a localidade foi rebatizada de Rondonópolis, em homenagem a Marechal Rondon, em 1918.
Até a década de 1940, a cidade permaneceu em decadência. Poxoréu perto daqui, era elevada a município e crescia com o garimpo, enquanto Rondonópolis ficava estagnada. Somente depois de 1947 a cidade se desenvolveria, com a instalação de colônias agrícolas pelo governo do Estado. Começa a haver um fluxo de migração, inicialmente de outras partes do estado e também de Minas Gerais, São Paulo, do Nordeste e até de outros paises, e mais tarde principalmente da região Sul.
O processo de expansão se acelera, e Rondonópolis passa pelo mais rápido processo de modernização do campo que se tem noticia na região Centro-Oeste. Já como pólo econômico, nas décadas de 1980 e 1990 fica conhecida como “Capital Nacional do Agronegócio”.
O primeiro povoado
Quando o explorador Antonio Candido de Carvalho andou por esta região, em 1897, em missão oficial do Governo de Mato Grosso, notou que as terras locais eram boas para a agricultura e pecuária, espalhando a noticia do Estado de Goiás, de onde viera. A partir daí varias famílias de goianos vieram para cá. Em 1902 muda-se para cá o Antonio Candido com sua família, instalando-se, porém, as margens do rio Vermelho, nas proximidades da atual ponte da AV. Marechal Rondon.
O nome “Rondonópolis”
O primeiro nome dado a esta cidade foi “Povoação do Rio Vermelho”, supostamente sugerida por José Rodrigues dos Santos, líder do lugarejo, ao Presidente do Estado. Em 1915; o próprio José Rodrigues passou a denominar o pequeno povoado de “Vila Nova” , como, alias já era conhecido em 1918.
No final de 1918, em uma comemoração pela aprovação da planta do patrimônio do Rio Vermelho, pelo Instituto Geográfico Brasileiro com a presença de uma comitiva de Cuiabá e do próprio General Cândido Rondon, José Rodrigues dos Santos, fazendo uso da palavra, sugeriu aos presentes a mudança do nome do lugar, de “Povoação do Rio Vermelho” para “Vila Nova”, em aparte Otávio Pitaluga opôs-se à idéia de Rodrigues, sugerindo então o nome de “Rondonópolis”, em homenagem ao eminente militar Cândido Mariano da Silva Rondon, e grande benfeitor daquele lugar. Após a discussão e votação dos dois nomes, os argumentos de Pitaluga foram mais convincentes, e o nome “Rondonópolis” foi o vencedor no inesperado plebiscito. A seguir Pitaluga ingressou com o Projeto de Lei na Assembléia Legislativa, propondo a mudança de nome do lugar para “Rondonópolis”, tendo sido oficializado em 03/10/1920 então, o Presidente do Estado de Mato Grosso, Dom Aquino Corrêa, criando o Distrito de Rondonópolis, pertencendo a Cuiabá.
A decadência do povoado
O lugarejo, embora elevado à categoria de “vila”, não apresentou sintoma de progresso. Alguns historiadores apontam as seguintes causas: as costumeiras enchentes dos rios Vermelho e Arareau; os ataques de animais selvagens (onças); a proliferação de mosquitos; o surto da doença do fogo selvagem, entre outros motivos. Mais o decisivo motivo foi à descoberta de diamantes em abundancia nos garimpos de Poxoréo e Lageado (Guiratinga), provocando uma verdadeira febre do diamante, arrastando gente de todo o país.
O Renascimento
No final de 1947 é contratada uma empresa colonizadora em Marilia (SP), denominada companhia Noretama de Colonização, para viabilizar o soerguimento ou renascimento do lugar. Intensa propaganda foi desenvolvida na imprensa de SP e RJ, estimulando a vinda de pessoas para esta promissora região. Imediatamente começaram a chegar levas de aventureiros. Embora oriundos da capital São Paulo, esses aventureiros eram, na maioria nordestinos, e mais especialmente baianos.
De acordo com o censo do IBGE, em 1950 Rondonópolis já contava com uma população de 2.888 habitantes, baianos, seguidos de mato-grossenses, paulistas, goianos, mineiros, cearenses, maranhenses, pernambucanos, paraibanos, etc. e a cada dia mais gente ancorava no porto do rio Vermelho.
Emancipação política
A partir da década de 50, o crescimento de Rondonópolis foi vertiginoso; aconteceu nesse período exatamente o reverso do ocorrido no final da década de 20: naquela época o vilarejo foi desativado; desta vez o vilarejo de Rondonópolis se transformou em futurosa cidade, graças á decadência dos garimpos de Poxoréo e Guiratinga.
Os anos 50 foram decisivos para a emancipação do Distrito de Rondonópolis: seu viçoso progresso econômico e sua crescente densidade populacional se contrapunham à estagnação do município de Poxoréo, do qual era ele dependente.
O processo de emancipação ocorreu sem dramas consumando-se em 10/12/1953, com a promulgação da Lei n0 666, sancionada pelo governador Fernando Corrêa da Costa, surgindo assim o Município de Rondonópolis, contando com apenas dois distritos: o da sede e o Ponte de Pedra.
Na década de 70 acelera-se no município o processo de expansão capitalista, e Rondonópolis desenvolve o mais rápido processo de modernização do campo que se teve notícia no Centro Oeste, incrementando as atividades da soja, da pecuária e do comércio. Aqui a migração sulista é o destaque.
Em 1980 Rondonópolis passa a ser pólo econômico da região e é classificado como segundo município do estado em importância econômica, demográfica e urbana. Já, na década de 90 Rondonópolis projeta-se como “A Capital Nacional do Agronegócio”, ao mesmo tempo em que cresce o setor agroindustrial – decorre daí o sucesso da Exposul e da Agrishow Cerrado.
Hoje, decorridos pouco mais de 50 anos de sua emancipação política, Rondonópolis tem uma população aproximada de 180 mil habitantes. É uma cidade conhecida por suas terras férteis e localização privilegiada, no entroncamento das Rodovias BR 163 e BR 364, que ligam as regiões Norte/ Sul do país, sendo o portal da Amazônia e a entrada para o pantanal mato-grossense.
A posição geográfica estratégica tem contribuído para o crescimento econômico de Rondonópolis e oferece um leque de oportunidades aos investidores que buscam expandir e diversificar seus negócios:
· no agronegócio, a partir da cultura de soja, algodão e produtos primários em geral;
· na pecuária de corte e leiteira;
· no setor de unidades esmagadoras de soja;
· na produção de fertilizantes, pólo químico, têxtil e do couro;
· no comércio de maquinários, utilitários, motocicletas e comércio em geral;
· no setor de serviços;
· no transporte (Rondonópolis é considerada o maior pólo graneleiro e a “Capital Nacional do Bitrem”).
· A promessa de que os trilhos da Ferronorte chegarão a Rondonópolis acenam para as possibilidades de barateamento do frete, de diminuição do percurso até os portos e de melhoria da competitividade de nossos produtos no mercado internacional.
Fonte: CARMO, Ailtom do. Apostila de Historia de Rondonópolis – 200 Questões. Rondonópolis, 2006.
www.rondonopolis.mt.gov.br